A insegurança dos líderes pode tornar sua vida um “Inferno de Dante” no Home Office!

Uma das grandes barreiras do teletrabalho ou do home office sempre foi a falta de segurança das lideranças em não ter sob seus olhos, e controle, os membros de sua equipe.

O que mais noto nos dias de hoje é o despreparo de líderes que continuam assumindo cargos de liderança a partir de sua alta performance em tarefas e projetos do passado, ao invés de assumirem a partir dos seus talentos e desenvolvimento de competências. Enfim, o velho “Princípio de Peter”, de Lawrence J Peter, criado em 1968 está vigente: “Em uma hierarquia, todo funcionário tende a subir até seu nível de incompetência”.

Mesmo antes da pandemia, poucas eram as empresas que se arriscavam a deixar seus funcionários em home office um ou dois dias por semana, face a resistência de suas lideranças.

Por mais incrível que possa parecer, o próprio presidente da Petrobrás acaba de ser demitido pelo Presidente da República, tendo como uma das justificativas de que ele estava em home office nos últimos onze meses de pandemia e que não trabalhava, independentemente do resultado positivo que entregou em 2020.

Pois bem, a pandemia nos pegou de surpresa e trancou todos nós no home office.

Claro que o mundo da tecnologia não demorou a ver a enorme demanda e criou sistemas de controle para aqueles líderes que se distanciaram dos seus times.  

O Zoom, o que mais se popularizou no planeta, em seu site, coloca outro recurso de análise: “O relatório sobre Usuários Inativos informa quem não está usando o Zoom – então você pode chamar a atenção dos funcionários que deveriam estar no Zoom!” Mesmo aqueles que estiverem usando o aplicativo, um recurso de rastreamento de atenção dos participantes, pode permitir que os hosts vejam se os usuários estão assistindo ativamente à reunião.

O Salesforce tem recursos de monitoramento que permitem que os administradores mantenham o controle sobre, por exemplo, quando um usuário efetua login e as aulas de treinamento que eles participam. O Google Drive tem um recurso de alerta por e-mail que os administradores podem configurar para que sejam notificados sempre que alguém criar ou excluir um documento. O Dropbox tem um painel de administrador que mostra os membros ativos, bem como a data, hora, localização e endereço de IP de atividades, como login e edição de arquivos.

 

Por outro lado, Alex Hood, chefe de produto da Asana, disse que sua empresa lançou no ano passado uma ferramenta chamada Workload, porque descobriram em estudos que muitos funcionários se sentiam sobrecarregados, o que poderia afetar a sua moral e seu estado mental. A ferramenta dá aos gerentes visibilidade sobre o quanto os funcionários estão ocupados e permite que eles reprogramem suas tarefas, no caso de um funcionário estar sobrecarregado.

 

“O ponto mais importante que precisamos monitorar agora é a saúde mental e não se as pessoas estão obtendo um aumento de produtividade de 5% ou 10%”, disse Martin, cofundador da Time Doctor, outro software de controle de produtividade, em recente entrevista ao portal Protocol.

 

O quadro fica ainda pior quando as lideranças, além de se sentirem inseguras quanto aos resultados, não desenvolvem sua capacidade de empatia, o que já era difícil para muitos quando no ambiente presencial.

 

Portanto, vale parar e fazer uma análise profunda, com o auxílio de especialistas, para que se possa implantar uma cultura de home office que veio para ficar. E cultura não se implanta de uma hora para outra!

 

Enquanto isso, no momento em que escrevo este artigo, estamos nós, aqui, em São Paulo, tentando sair da fase vermelha, em home office para o desespero de muitos e no verdadeiro Inferno de Dante Alighieri.

Emerson Ciocioroswki

Criador da marca Stressbreak® desenvolve programas sobre gerenciamento de estresse

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