FATORES SOCIOEMOCIONAIS IMPACTAM A TAXA DE SUCESSO

DAS MUDANÇAS ORGANIZACIONAIS

O mundo está em constantes mudanças, reconstruído permanentemente, formado por um conjunto de forças que apresentam um comportamento dinâmico e que criam um ambiente de negócio volátil, incerto, complexo, ambíguo, frágil, ansioso e não linear. Tais fatores impactam diretamente o modelo de negócio, a cultura organizacional, a visão e missão da empresa, os valores e crenças dos líderes, os processos e práticas adotados, a hierarquia e as relações de poder, as dinâmicas de trabalho, a relação com clientes e fornecedores, entre outros. Portanto, as organizações, de maneira proativa ou reativa, estão sendo forçadas a implantarem ciclos de mudança cada vez mais rápidos e eficazes, com o objetivo de evoluir constantemente seus diferenciais competitivos para que possam sobreviver e prosperar.

A taxa de sucesso das mudanças organizacionais pode variar significativamente, dependendo de vários fatores, como a complexidade das mudanças, a cultura da empresa, o envolvimento dos colaboradores, a liderança da empresa, entre outros. Em geral, as mudanças organizacionais têm uma taxa de sucesso relativamente baixa. Estudos mostram que cerca de 70% das mudanças organizacionais não atingem seus objetivos e cerca de 50% delas falham completamente.

Após décadas de vivência em processos de mudança organizacional e de pesquisa acadêmica no Brasil, França, Inglaterra e Estados Unidos, o consultor Joaquim Santini e sua equipe construíram uma abordagem na qual vida organizacional é entendida e interpretada por meio de uma “visão binocular”, ou seja, deve-se considerar simultaneamente os aspectos visíveis e racionais (como estratégias, processos, organogramas, estruturas, etc) e também de fatores socioemocionais, muitas vezes inconscientes que incluem o narcisismo, as fantasias individuais e grupais, os conflitos e tensões nas diversas esferas da empresas, o engajamento e desengajamento da pessoas (agravado pela Covid), os vínculos  emocionais com a identidade empresa, os mecanismos de defesa individuais e grupais, o sistema de defesa social, a cultura organizacional, entre outros. Evidentemente, essa abordagem comporta algo de paradoxal e provocativo, pois ela evoca a proposta de introduzir uma compreensão de processos socioemocionais implicados em sistema que foi concebido por abordagens altamente racionais, ou seja, as organizações empresariais.

Sobre Joaquim Santini

A experiência trazida por Joaquim Santini teve início em 1981, após a sua graduação em engenharia mecânica. Desde o início de sua vida profissional, Joaquim teve oportunidade de trabalhar em propostas de mudança tanto em relação a um processo específico quanto em aspectos mais abrangentes em nível organizacional. A sua dissertação de mestrado, na Unicamp, em 1991, descrevia sobre como acelerar o processo de desenvolvimento de produtos em um mercado cada vez mais globalizado. Vale ressaltar que sua abordagem, até 2003, era prioritariamente orientada pelas seguintes temáticas: posicionamento estratégico, processos de negócio, mudança organizacional, sustentabilidade, equipes de alta performance e sistemas de gestão. Até este período, alguns projetos eram bem-sucedidos outros não, embora as metodologias de intervenção fossem conceitualmente muito próximas. Joaquim sentia que algo acontecia em outra dimensão, que ele não conseguia enxergar e tão pouco tocar, mas que estava presente de forma intensa e atuante. Começou a encontrar algumas respostas a partir do aprofundamento teórico no universo da psicodinâmica e psicanálise organizacional, realizando um Mestrado na França, na INSEAD (European Business School) cuja dissertação “Algumas contribuições de Freud e Melaine Klein para a compreensão dos processos irracionais implicados nas mudanças organizacionais” conferiu-lhe o título de ‘Change’, além de uma graduação em Psicologia Organizacional pela mesma instituição de ensino.

Atua como Consultor Internacional em Projetos de Mudança Organizacional, Desenvolvimento de Liderança, Gestão Estratégica e Inovação de Processos desde 1994, tendo realizado trabalhos nas seguintes empresas: Oxiteno, Heineken, Vale Nova Caledônia, Vale Bioplama, Natura, Novartis, AstraZeneca, Nestlé, Syngenta, Alunorte, Cerradinho BIO,  FMC, Unilever (Divisão Foods), Alunorte, Grupo Votorantim, Votorantim Metais, Complexo Hospitalar da Faculdade de Medicina da USP/SP, Hospital Beneficência Portuguesa (SP), Banco Popular do Equador, Wyeth, Citrovita, Samarco, AstraZeneca, Renault, Caterpillar etc.

Destaque também para o desenvolvimento de projetos internacionais realizados nos seguintes países: EUA, Canadá, México, Colômbia, Venezuela, Chile, Argentina, Uruguai, Dinamarca, Espanha, França, Bélgica, Inglaterra, Nova Zelândia e Nova Caledônia (território francês/localizado no Pacífico Sul). 

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