A Hora do Invisível... no RH

O desenvolvimento acelerado das tecnologias, acrescido do impacto trazido pela pandemia na vida das pessoas e da sociedade, levou os processos de mudanças a uma velocidade exponencial! Como dinamizar uma organização, que da noite para o dia, vê seu ambiente de trabalho tornar-se virtual, turbinado por uma tecnologia que mudou profundamente a natureza, local e forma de se trabalhar e, simultaneamente, é envolvida por uma enorme onda de incerteza e complexidade que desafia sua capacidade de gerar riqueza econômica?! Mais ainda, tendo como gestor de todos esses acontecimentos: nós, as pessoas?

Estamos vivendo um incrível paradoxo em que somos provocadores das mudanças, mas não sabemos conduzi-las e ficamos psicologicamente reféns dos seus caprichos, deixando que as energias que nos nutrem se esvaiam rotuladas como dúvidas, desesperanças, inseguranças, medos e outros sentimentos que enfraquecem a força da alma!

Mas, aí está uma das raras oportunidades que a humanidade tem de se fortalecer diante das circunstâncias que se apresentam. É preciso trazer à nossa consciência a natureza e dimensão do que temos pela frente e identificar as forças disponíveis para transformar, com coragem, um mundo velho em um novo mundo!

Mundo velho não significa Terra velha, a nossa amada Gaia é uma entidade ecológica viva que se autorregula pela colaboração de todas as partes que configuram a sua natureza! Mundo velho significa nossa concepção de como viver neste planeta.

No entanto, o caminho da mudança não é adicionar mais conhecimento ao que existe, em busca de uma solução intelectualizada e, sim, desenvolver uma inteligência não cognitiva que crie os fundamentos para uma mudança consciente de comportamentos, privilegiando a cooperação e colaboração entre os seres humanos.

As empresas, que de longe superam as instituições governamentais na solução de problemas sociais, devem preparar os seus líderes para que sejam artistas do invisível, promovendo e incentivando em suas equipes a coragem, colaboração, solidariedade, inteligência coletiva, independência no pensar, liberdade de escolher e, ter como valor absoluto de vida, negar a convivência com micros injustiças, inverdades e impunidades.

Estes atributos se desenvolvem na dimensão do nosso interior e não são adquiridos por apostilas, sistemas ou escolas técnicas. Eles precisam ser vivenciados na alma e será pelo domínio consciente de nossas emoções e sensações que aprenderemos a falar a mesma linguagem do nosso planeta Terra!    

Vicente Picarelli

Sócio Diretor na Picarelli Human Consulting

Vicente Picarelli – Foto Divulgação

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