Qual a importância da empatia na liderança de uma equipe?
Relembrando artigo anterior :
– Empatia é parte da Inteligência Emocional
– Inteligência Emocional se aprende e se desenvolve
– Há pessoas com déficit de Empatia e há outras “super empáticas”; as primeiras têm dificuldade em perceber os sentimentos dos outros; as segundas não só percebem os sentimentos como os sentem como se fossem seus.
Imagino que o LÍDER deve antes de tudo se conhecer (AUTOCONHECIMENTO é também parte das ditas Inteligências Emocionais). Se tiver “déficit de EMPATIA” , deve tratar de desenvolver essa “categoria” de Inteligência. Não se concebe um LÍDER moderno, que tem entre suas principais competências a GESTÃO de PESSOAS, que ignore os sentimentos de seus liderados. Como não perceber que em sua equipe há pessoas que não produzem porque estão desmotivadas? Como não associar essa desmotivação a sentimentos de injustiça encarcerados nesses “corações”? Como não agir para dirimir esses sentimentos?
Ainda há aqueles pseudo-líderes que se balizam pela máxima: “aqui é ambiente de trabalho; deixe seus sentimentos e emoções em casa”. Como se “INDIVÍDUOS” não fossem “INDIVISÍVEIS”. Um funcionário pode muito bem render menos certo dia no trabalho porque deixou para trás, em casa, um filho doente. Problemas na “base da pirâmide hierárquica de Maslow” comprometem resultados nos níveis mais elevados. Como pode funcionar um “LÍDER” que não sabe, e não quer fazer a leitura correta do ambiente, do “clima” que há em sua equipe? Se o ambiente da empresa é de insegurança, por causa de uma série de demissões, o LÍDER tem que ter a capacidade de percebê-lo e agir para não comprometer a produtividade.
Parece-me também lógico que aquele “excesso de EMPATIA” não é uma boa medida para o LÍDER. Imagine um Líder que, em situações tensas, perde o equilíbrio e o controle (AUTOCONTROLE também é parte da Inteligência Emocional) e entra em parafuso (“descabela-se” e desmaia), levando a equipe ao desespero. Tive uma gerente que, ante a primeira notícia de uma morte ocorrida com funcionário da empresa, caía prostrada em sua poltrona e ficava horas em pranto. Evidente que não se pode eliminar sentimentos, mas – convenhamos – é necessário que o LÍDER, principalmente, consiga controlar-se para poder ajudar os liderados em situações difíceis.
Empatia é imprescindível para o exercício da Liderança. É necessário que o Líder a possua na dose certa, “desenvolvendo-a”, se necessário, ou “administrando-a” para evitar a “superdosagem”.