Não é novidade falar sobre a necessidade de evolução contínua das organizações. Também não é novo dizer que o advento da pandemia afetou a vida das pessoas e as suas necessidades.
A pandemia acelerou movimentos de mudança.
Isso traz desafios novos para a Educação Corporativa. Nação delivery, personalização, diversidade, pensamento digital e mindset ágil.
Sob a ótica do aprendiz, a Educação Corporativa nesse novo desenho precisa entregar conteúdo em todos os lugares; ter velocidade no desenvolvimento das soluções; numa linguagem ágil e objetiva; trazendo o aprendiz para o centro da aprendizagem, como protagonista.
Por outro lado, há que se considerar que com a reforma trabalhista e o fortalecimento dos contratos flexíveis de trabalho; com o surgimento da chamada “gig economy”; a estratégia de retenção de conhecimentos e talentos abre espaço para a experiência de sucesso. Em relações de trabalho muitas vezes de curto prazo, o investimento das organizações precisa ser assertivo, com foco na aplicação prática e imediata para soluções e resultados.
O grande desafio da Educação Corporativa nesse novo contexto é considerar a educação como se fosse um modelo de negócio, onde o aprendiz precisa ser observado como cliente e os processos educacionais construídos com base nas necessidades e expectativas desses clientes para que seja possível agregar valor para o propósito da organização.
Criação de personas, identificação de dores e de expectativas auxiliam na elaboração da jornada de aprendizagem.
Os conhecimentos e conteúdos precisam ser ofertados. A escolha é do aluno (cliente), com base na sua percepção de significado, considerando o conceito do lifelong learning, ou aprendizagem ao longo da vida, que se refere à busca “contínua, voluntária e automotivada” de aprendizado.
Nesse sentido, ganha força o trabalho de orientação de carreira e gestão de expectativas. Destaca-se também a curadoria do conhecimento, que ao invés de desenvolver cursos, seleciona e oferece o que já está disponível e que é relevante para as expectativas das partes.
E para fechar essa combinação, é essencial a disponibilidade e mobilidade na educação, com uso do máximo de formatos digitais que “caem no gosto” das pessoas e disponibilizam os conhecimentos de diversas maneiras.
Esse modelo muda o foco da Educação Corporativa, de provedora de conhecimentos e soluções, para orientadora de caminhos e objetivos de aprendizagem, além de facilitadora de parcerias inteligentes.
Para quem atua na gestão da aprendizagem é fundamental que domine e incorpore métodos atuais como design thinking, learn management, OKR, Scrum, Data Driven.
Por fim, para orientar uma jornada de aprendizagem que proporcione uma experiência positiva para as partes, a visão do Negócio e a compreensão dos fatores humanos são componentes centrais da agenda das Universidades Corporativas.